segunda-feira, 15 de junho de 2009

Maioria e minoria

Desde o início, a pesquisa antropológica sempre deu mais atenção aos povos não-europeus, às minorias étnicas, aos grupos que não fazem parte da cultura dominante. Atualmente, esse interesse pela alteridade cultural continua, o que explica por que as minorias religiosas, sexuais ou profissionais recebem atenção dos pesquisadores.
Aliás, os conceitos de maioria e minoria também se complexificaram ao longo dos últimos anos.
Seria muito fácil definir essas noções de modo numérico. Acontece que, às vezes, uma maioria numérica tem menos força do que uma minoria. Veja-se o caso das mulheres: embora dados estatísticos mostrem que há mais mulheres do que homens no Brasil, elas ocupam menos cargos públicos e recebem salários menores do que os homens. Em contrapartida, há certas classes profissionais – como é o caso dos médicos ou dos advogados – que, apesar de serem minoria numérica no mercado de trabalho, têm um enorme prestígio social, o que significa um alto poder de mobilização na defesa dos seus interesses. Outras profissões, estatisticamente mais representativas, não têm tanta expressividade social.


Um comentário:

  1. É verdade que ao ouvirmos maioria e minoria lembramos logo da relação numérica. Essa relação de minoria que tem papel de maioria vem crescendo cada vez mais com o "desenvolvimento" do capitalismo. A sociedade está tomando um rumo não muito bom. Ela está sendo "adestrada" pelos poucos que tem maior influência (políticos) á aceitar qualquer mudança sem que haja nenhuma reação popular. Se isto continuar desta maneira, a tendência é o mundo ser "bom" para poucos e "difícil" para muitos.

    "... e o rico cada vez fica mais rico, e o pobre cada vez fica mais pobre..."

    By Celso ;D

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